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“Álvaro Siza. Modern Redux” exhibition and book
Álvaro Siza. Modern Redux
Autoria de Jorge Figueira com fotografias de Fernando Guerra
Esta exposição incide sobre os últimos 10 anos de trabalho do arquitecto Álvaro Siza.
Foram seleccionadas 12 obras localizadas em Portugal, no Brasil, Espanha e Coreia do Sul, servindo de testemunho da sua intensa actividade que remonta já ao final da década de 50, quando Siza constrói na sua terra natal, Matosinhos, os seus primeiros projectos de habitação.
Comissariada por Jorge Figueira, a exposição Álvaro Siza, Modern Redux, estará patente no Instituto Tomie Ohtake de 17 de Outubro a 16 de Novembro.
Em homenagem à sua capacidade de revalidar a tradição moderna, e em permanecer atento ao que está a mudar, se deve o nome desta exposição: Álvaro Siza. Modern Redux (recorrente, revivido, reinstalado).
Contaminada mas não híbrida, permeável mas não ecléctica, a obra de Siza que aqui se expõe, embora com raiz nos debates mais decisivos do século XX emerge como possibilidade encantatória para o século XXI.
Este projecto deu origem ao livro Álvaro Siza. Modern Redux, onde estão reunidos os doze projectos apresentados na exposição, que se assumem como os mais representativos dos últimos dez anos e que testemunham a intensidade e o inconformismo do estilo do arquitecto. Publicado pela prestigiada editora Hatje Cantz, o livro é organizado por Jorge Figueira, e contém textos de Alexandre Alves Costa, Jorge Figueira, Hans Ibelings e Guilherme Wisnik.
FAD Awards 2008 “On Diseño” | Magazine Cover of Nuno Grande Project “Very Irregular Polyhedric Room”
Exhibition in Coimbra
Da exposição “Mundo Perfeito”, que esteve originalmente patente na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, apenas uma selecção das imagens
respeitantes à obra de Álvaro Siza se mostra agora no Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra. A escolha do título da exposição, para além da ironia implícita, encerra uma certa radicalidade. A perfeição implica um estado limite, sem evol
ução possível. Quando se atinge a perfeição nada mais há a fazer senão contemplar o belo. Mas ao mesmo tempo, a busca da perfeição pode ser um acto generoso. Quando se tem por objectivo encontrar as melhores imagens para representar a essência e o conceito de um edifício, está-se a responder aos desejos daqueles que o projectaram. Tal como os arquitectos reconstroem um mundo particular em cada projecto, procurando dar um sentido de unicidade a partir das variáveis com que se confrontam – do cliente ao lugar, da geografia ao orçamento, das contingências materiais às limitações estruturais – as fotografias de Fernando Guerra devolvem à arquitectura essa procura da perfeição possível, “intensificando a realidade retratada”, reconfigurando o mundo que a rodeia.
Fernando Guerra Conference | FOTOARQUITECTURA 08
I FESTIVAL DE FOTOGRAFIA D’ARQUITECTURA MALLORCA 08
Para dar forma a esta primeira edição foi elegida a figura e obra de um dos mais importantes pioneiros da fotografia de arquitectura: Julius Shulman.
Este festival será anual e o principal objectivo é a aposta no valor da principal ferramenta de comunicação de arquitectura, a fotografia. Para o efeito pretende-se criar um espaço no qual se possa debater, observar e aprender sobre a fotografia de arquitectura.
Terá lugar na ilha de Palma de Maiorca, nos dias 18 e 19 de Setembro e contará com a conferência de Fernando Guerra, sábado dia 19 e ainda de Jesús Granada no mesmo dia.
Existirá ainda um concurso de fotografia, tendo como membros do júri o director do festival Jaime Sicilia, os convidados Fernando Guerra e Jesús Granada, entre outros.” (Ver mais)
I FESTIVAL OF ARCHITECTURAL PHOTOGRAPHY MALLORCA 08
To give shape to this first edition was elected the figure and work of one of the most important pioneers of architectural photography: Julius Shulman.
This festival will be annual and the main goal is to showcase the value of one of the main tools of architectural communication, the photography.
To this end we intend to create a space in which we can discuss, observe, and learn the about architectural photography.
It will take place on the island of Mallorca, on 18 and 19 of September and will include the conference of Fernando Guerra and Jesus Granada on the 19th. (See more)
Iberê Camargo Foundation in Porto Alegre, Brazil | Álvaro Siza Vieira
Zaragoza Bridge Pavilion by Zaha Hadid
O Pavilhão Ponte é uma área de exposição interactiva dedicada ao tema da água e da sustentabilidade, integrando uma ponte pedonal que funciona como porta de entrada na Expo Zaragoza 2008.
Fernando Guerra foi recentemente comissionado pela arquitecta Zaha Hadid para captar a forte atmosfera desta grande infra-estrutura, uma das peças arquitectónicas de maior relevo na Exposição Internacional e palco da exibição temática intitulada «Água, Recurso Único».
O corpo do edifício resulta da extrusão de uma secção em forma de diamante, projectada diagonalmente sobre as margens do Rio Ebro através de uma trajectória levemente curva. A sua forma dinâmica está envolta por uma pele peculiar em «escamas sobrepostas», uma membrana permeável que dá origem a um microclima interno baseado no fluxo natural do ar. A base de betão do torso articulado assenta parcialmente numa pequena ilha no meio do rio, reforçando a natureza viva, híbrida, dos seus volumes curvilíneos.
Sendo em simultâneo um elemento infraestrutural e um espaço representativo, o Pavilhão Ponte destaca-se como uma investigação formal e uma experiência de aprendizagem interactiva. No interior, os visitantes são confrontados com um olhar prospectivo sobre a escassez dos recursos hídricos no ano 2025, com base nos padrões contemporâneos de consumo global de água.
«Cada zona do edifício tem a sua própria identidade espacial; a sua natureza varia entre espaços completamente interiorizados focados na exposição, a espaços abertos com fortes ligações visuais com o Rio Ebro e a Expo.
O desenho das superfícies exteriores do Pavilhão deu origem a uma investigação sobre superfícies naturais. As escamas de tubarão são um paradigma fascinante tanto pela sua aparência visual como pela performance. O seu padrão permite envolver curvaturas complexas com um sistema simples de módulos rectilíneos. Para o Pavilhão Ponte, este conceito revelou-se funcional, visualmente apelativo e economicamente adequado.
A textura do edifício assume um papel essencial na definição da sua relação com o território e as variações externas. O projecto foi concebido para permitir a permeabilidade do interior ao efeito dos agentes atmosféricas, como o vento Tramontana que sopra através do Ebro e a força da luz solar em Saragoça. Esta pele de escamas de tubarão é gerada por um complexo padrão de lâminas sobrepostas. Algumas lâminas podem rodar sobre um sistema pivotante, permitindo a abertura temporária ou o fecho de parte da fachada. O padrão de peças justapostas confere ao Pavilhão Ponte uma grande variedade de aproveitamentos de luz natural através dos diversos graus de abertura possíveis: de raios de luz penetrando por pequenas aberturas a intensos poços de luz. As aberturas de maior dimensão localizam-se no nível inferior, em correspondência com o final da ponte, permitindo um maior grau de contacto visual com o Rio e o recinto da exposição.»
The Zaragoza Bridge Pavilion is an interactive exhibition area focusing on water sustainability, integrating a pedestrian bridge to perform as gateway for the Zaragoza Expo 2008.
Fernando Guerra was recently commissioned by Zaha Hadid to capture the striking atmosphere of this massive structure, one of the highlights of the Expo and the venue for an exhibition titled «Water, a Unique Resource».
The body of the building evolves from the extrusion of a diamond-shaped section along a slightly curved path, projected diagonally across the shores of the Ebro River. Its dynamic shape is enveloped by a distinctive shark-scale skin, a permeable membrane that generates an internal microclimate based on the natural airflow. The concrete belly of the articulated volume partially rests on a small island in the middle of the river, reinforcing the hybrid, lifelike nature of its curvilinear volumes.
Being both an infrastructural element and a representational space, the Bridge Pavilion stands out as a formal architectural research and an interactive learning experience. Inside, visitors are confronted with a prospective outlook on water availability in the year 2025, in regard of our contemporary global patterns of consumption.
«Spatial concern is one of the main drivers of this project. Each zone within the building has its own spatial identity; their nature varies from complete interior spaces focused on the exhibition, to open spaces with strong visual connections to the Ebro river and the Expo.
Natural surfaces have been investigated when designing the Pavilion’s exterior surfaces. Shark scales are fascinating paradigms both for their visual appearance and for their performance. Their pattern can easily wrap around complex curvatures with a simple system of rectilinear ridges. For the Bridge Pavilion, this proves to be functional, visually appealing and economically convenient.
The building’s envelope plays an essential role in defining its relation to the surrounding environment and atmospheric variations.
The project has been designed to allow its interior to be thoroughly enlivened by the effect of atmospheric agents, such as the Tramontana wind blowing along the Ebro and, the strength of Zaragoza’s sunshine. During the Expo, a single weathering layer will enclose the building to protect it from rain. This Shark scale skin will be generated by a complex pattern of simple overlapping shingles. Some shingles can rotate around a pivot, allowing for temporary opening or closing of part of the façade. The pattern of shingles overlapping each other gives the Bridge Pavilion the widest variety of natural light via several degrees of aperture sizes: from rays piercing through tiny apertures – to wide, full size openings. Large apertures are located on the lower level, in correspondence with either end of the bridge, allowing for the greatest degree of visual contact with the river and the Expo.
Perfect world Fernando Guerra Exihibition and book
RECONFIGURAR O MUNDO
Não acredito na objectividade da fotografia. Por mais que muitos tentem apagar as contingências subjectivas da vida quotidiana que contaminam os espaços puros que os arquitectos desenham, uma imagem de um qualquer objecto arquitectónico, ou simplesmente de um objecto, é sempre a imposição de um ponto de vista. De quem fotografa, de quem escolhe o enquadramento, de quem escolhe a luz, o tempo de exposição, o tipo de lente, a máquina. É um olhar que implica uma escolha, ou infinitas escolhas, e é por definição (definitivamente?) subjectivo.
Não acredito no mito do fotógrafo de arquitectura contemplador que acha possível escolher a priori um único olhar sintético que conjugue tudo o que uma obra de arquitectura encerra. A arquitectura depende de inúmeras variáveis, nunca é totalmente apreensível, é infinitamente interpretável. A percepção da arquitectura decorre da conjugação de múltiplos pontos de vista, da reconstituição mental de inúmeros espaços.
Aldo Rossi, na sua “Autobiografia Científica” reconhece que “a observação das coisas permaneceu, provavelmente, como a minha mais importante educação formal e isto porque a observação se transforma mais tarde em memória” . Ao olhar para trás, Rossi cruza a sua própria cultura, a memória das coisas, “que consigo ver dispostas ordenadamente, como num herbário, num catálogo ou num dicionário” , com a imaginação. Este processo não é linear, havendo um cruzamento entre ambas que produz diferentes significados, isto é, o resultado dessa hibridação é mais do que a simples soma das partes. “Este catálogo, situado algures entre a imaginação e a memória, não é neutral. Reaparece quase sempre nalguns objectos constituindo a sua deformação e, em certa medida, a sua evolução” . O que observámos no passado reaparece na presença do novo, filtrado pela força da memória das coisas, permitindo um novo olhar, com sentido crítico. É a memória que forma o olhar, permitindo a deformação dos objectos, isto é, quando olhamos para um qualquer objecto, arquitectónico ou não, ele transfigura-se quando cruzado com a recordação daquilo que já vivemos.
O olhar de Fernando Guerra é um olhar de arquitecto. Para compreender o espaço, os arquitectos, eventualmente com uma intencionalidade mais consciente que os simples utilizadores, circulam pelos edifícios. Captam a espacialidade da arquitectura deambulando, perscrutando, fazendo associações de ideias, de formas, de dimensões. É através desse movimento que descobrem as infinitas variáveis do espaço arquitectónico, as singularidades que fazem distinguir um espaço significante da miríade de construções insignificantes que invadem o nosso campo visual. E fazem-no cruzando aquilo que vêem com as memórias de outros edifícios que transportam consigo, muitas vezes adquiridas através da observação mediada pela fotografia. A nossa cultura arquitectónica, na impossibilidade de visitar todos os edifícios do mundo, é maioritariamente construída através do olhar de outros.
Através da generosidade de nos oferecer múltiplos pontos de vista de um edifício, as reportagens fotográficas de Fernando Guerra aproximam-se da vivência real do espaço, ao permitir que reconstituamos um lugar através da soma de todas imagens. Nesse sentido aproxima-se também da linguagem cinematográfica, não só pela implícita ideia de movimento que as suas imagens transmitem mas também pelo sentido narrativo que lhes imprime o fotógrafo. E daí a necessidade, quase obsessiva, de incluir personagens nos seus enquadramentos. Por vezes personagens anónimas, outras vezes os arquitectos, muitas vezes o próprio fotógrafo. Certamente não por qualquer vontade de auto representação, mas pela necessidade de dar sentido e escala a um determinado espaço, que na ausência de uma figura humana se tornaria incompreensivelmente abstracto. Há uma vontade de que cada imagem encerre um fragmento de vida, uma história pessoal, mas onde os personagens são suficientemente indefinidos, vultos quase, para deixar o observador imaginar o quadro que entender. Como em Julius Schulman, as imagens de Fernando Guerra procuram, para além de representar a arquitectura, captar um sentido de lugar, uma atmosfera que define a época contemporânea. Mas o que em Schulman era intencionalmente encenado, com um sentido narrativo por vezes demasiado literal, em Guerra é intencionalmente difuso, permitindo imaginar todas as histórias que aí terão lugar.
A palavra perfeição encerra uma certa radicalidade, já que implica um estado limite, sem evolução possível. Quando se atinge a perfeição nada mais há a fazer senão contemplar o belo. Mas ao mesmo tempo a busca da perfeição pode ser um acto generoso. Quando se tem por objectivo encontrar as melhores imagens para representar a essência e o conceito de um edifício, está-se a responder aos desejos daqueles que o projectaram. Tal como os arquitectos reconstroem um mundo particular em cada projecto, procurando dar um sentido de unicidade a partir das variáveis com que se confrontam – do cliente ao lugar, da geografia ao orçamento, das contingências materiais às limitações estruturais – as fotografias de Fernando Guerra devolvem à arquitectura essa procura da perfeição possível, “intensificando a realidade retratada”, reconfigurando o mundo que a rodeia.
Mundo Perfeito, livro e exposição, mostra também a vontade de conjugar arquitecturas que partilham uma mesma identidade, a arquitectura feita em Portugal, hoje. Não fossem as conotações demasiado politizadas, mundo aqui poderia querer dizer mundo português. Mas um mundo português agora aberto aos outros mundos, plural, democrático, cosmopolita. A circunstância de serem obras feitas em território português ou por portugueses noutros territórios, e apesar da volatilidade do que hoje representa a ideia de fronteiras e identidades nacionais, não deixa de constituir um denominador comum que justifica a sua aglutinação num conjunto reconhecidamente heterogéneo mas unificado pelo olhar de Fernando Guerra. O seu trabalho, e basta passar pelo ultimasreportagens.com para o perceber, não se limita apenas a um acervo de imagens de arquitectura, valiosíssimo por sinal, pelo que significa de possibilidades de divulgação dentro e fora de portas; antes se institui como um discurso autónomo e original sobre a arquitectura portuguesa contemporânea.
Luís Urbano
Comissário da exposição “Mundo perfeito”
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1. last 2. latest, most recent; Latest is the superlative of late. adj You use latest to describe something that is the most recent thing of its kind. 3 adj You can use latest to describe something that is very new and modern and is better than older things of a similar kind.